Top 5 notícias da Edição do Dia (semana de 24 a 28 de julho)

Flipboard Brasil Blog / julho 28, 2017


Michel Temer vive a expectativa da votação que analisará a aceitação ou não da denúncia contra ele, marcada para dia 2 de agosto, próxima quarta-feira, na Câmara dos Deputados. Para tentar o máximo de apoio possível na sessão, o presidente deve exonerar ministros para que eles possam votar contra a admissão da renúncia. Ainda que consiga se manter no poder, Temer já enfrenta rejeição altíssima nas ruas. Uma pesquisa realizada nesta semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo  Ibope mostrou que apenas 5% dos brasileiros apoiam o atual Governo.

Veja todas as notícias que também foram destaque na semana:

1. O silêncio das ruas do Brasil — DW, Jean-Philip Struck

Destaque: “Um presidente extremamente impopular que tenta aprovar reformas rejeitadas pela maioria da população; escândalos de corrupção envolvendo diretamente o próprio ocupante do Planalto; economia que dá sinais apenas tímidos de recuperação; apoio parlamentar sendo largamente negociado com verbas e loteamento de cargos; pesquisas que apontam que a maioria da população deseja eleições diretas.

Diante de cenários com bem menos elementos, os ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff tiveram que enfrentar multidões que foram às ruas do Brasil para pedir suas cabeças.

Por que então Michel Temer, que foi gravado em uma conversa comprometedora com um empresário e amarga popularidade de apenas 7% (segundo último levantamento do Datafolha) não está sofrendo com grandes protestos tal como ocorreu com seus antecessores?

2. Governo tenta comprar fazenda para socorrer amigo de Temer — El País, Daniel Haidar

Destaque: “Uma semana depois da explosão da delação da JBS que colocou contra as cordas o Governo Michel Temer, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) começou uma negociação inédita em São Paulo em socorro ao coronel reformado João Baptista Lima Filho, velho amigo de Temer e apontado pelos investigadores da Operação Lava Jato como o mais antigo operador de propinas do presidente. Desde junho, a autarquia tenta comprar uma fazenda para atender a sem-terras que acossavam o coronel Lima. Entre tantas demandas semelhantes e frustradas pelo país, o trunfo do grupo de manifestantes paulista foi lançar mão de um mecanismo de pressão que se mostraria eficiente: com o objetivo declarado de chamar atenção de Temer, eles ocuparam uma propriedade do amigo do presidente em Duartina, a 380 km de São Paulo, e anunciaram que só deixariam o local com um acordo para aquisição de uma área para a reforma agrária em Bauru. Conseguiram, numa operação que, na visão de um procurador da república que analisou o caso investigado pelo EL PAÍS, contém indícios de tráfico de influência e improbidade administrativa.”

3. JBS faz acordo e congela a dívida por 12 meses — Época Negócios

Destaque: “A JBS, principal empresa da J&F Investimentos, finalizou com seus principais credores, instituições financeiras locais e estrangeiras, um acordo que garante o congelamento do pagamento das dívidas por um prazo de 12 meses. Segundo a companhia, esses “acordos de preservação de linhas de crédito” somam R$ 20,5 bilhões e equivalem a 93% de total a dívida contraída pela JBS Brasil no país e no exterior.

Segundo a companhia, esse acordo irá garantir liquidez à empresa, que está sob pressão desde a delação premiada de seus executivos, divulgada em meados de maio.”

4. As mortes de ativistas na Amazônia desmatada — BBC, Amanda Rossi

Destaque: “O Brasil vem se mantendo no primeiro lugar de um ranking nada honroso: há cinco anos consecutivos, é o país em que mais se mata ativistas que lutam por terra e defesa do meio ambiente, de acordo com a organização internacional Global Witness, que anualmente lista os lugares do mundo onde há mais mortes em conflitos no campo.

Mas um mapeamento feito pela BBC Brasil em dados da ONG referentes ao período compreendido entre janeiro de 2015 e maio deste ano vai além: mostra que a Amazônia Legal, a área que engloba os oito Estados e parte do Maranhão, é palco de nove entre dez desses crimes (87%). As demais mortes ocorrem em outros lugares, principalmente no Nordeste.”

5. Advogado da Odebrecht fala após escapar da Lava Jato — El País, José María Irujo e Joaquín Gil

Destaque: “Rodrigo Tacla Durán se transformou em uma bomba-relógio. Em um dos homens mais temidos pelos presidentes e altos funcionários da América Latina. Aos 44 anos, este advogado conhece bem os segredos da Odebrecht, a gigante brasileira da construção que abalou as estruturas políticas do continente depois de confirmar o pagamento de subornos milionários a Governos de 12 países. Até 2016, Tacla trabalhou como advogado do Departamento de Operações Estruturadas da empresa, a hermética unidade de negócios especializada em comprar vontades. Campanhas eleitorais, presentes, festas, prostitutas… Tudo valia para afagar os políticos. Como contrapartida, presidentes e chefes de Estado correspondiam com contratos de obras públicas, principal fonte de receita da maior construtora da América Latina. Um colosso com 168.000 empregados e tentáculos em 28 países.

O EL PAÍS localizou em Madri esse advogado de nacionalidade hispano-brasileira que foi preso em novembro por ordem do juiz Sérgio Moro, de Curitiba, magistrado-estrela da Operação Lava Jato. Depois de passar 72 dias na prisão de Soto del Real –acusado de suborno e lavagem de dinheiro–, encontra-se em liberdade provisória. Tacla será julgado na Espanha depois que um tribunal superior do país rejeitou o pedido de extradição feito para que voltasse a seu país natal, Brasil.”

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