Cannes Lions, 1º dia: A Arte da Curadoria
Flipboard Brasil Blog / junho 23, 2016
No 1º dia do Cannes Lions, o CEO do Flipboard, Mike McCue, estava acompanhado no palco pelo colega conferencista Adam Weinberg, diretor do Museu Whitney de Arte Americana e pelo moderador Ken Auletta, escritor best-seller e colunista da revista New Yorker.
Durante o evento, aprendi que há muitas semelhanças entre o Flipboard e o Museu Whitney, especialmente em três áreas principais: o significado de curadoria, o papel dos algoritmos vs. curadoria humana, e o impacto do design na curadoria. Deixe-me explicar…
(L-R) THE NEW YORKER’S KEN AULETTA, FLIPBOARD’ MIKE MCCUE AND THE WHITNEY MUSEUM’S ADAM WEINBERG
O significado de curadoria:
A definição de curadoria é “cuidar, o cuidado de objetos.” No Flipboard, assim como no Museu Whitney, a curadoria é focada na qualidade. E curadoria de qualidade leva em consideração não só o conteúdo ou a arte, mas também os jornalistas, artistas e criadores. Bons curadores possuem estilo, bom gosto e conhecimento, e mais importante, têm coragem de desafiar a si mesmos e suas próprias convicções.
O papel dos algoritmos vs. curadoria humana:
Qual é o papel dos algoritmos e dos humanos na curadoria? Em geral, a tecnologia é mais focada na quantidade em detrimento da qualidade. Os algoritmos agregam conteúdos, sem ter uma compreensão geral do contexto e sem levar em conta as circunstâncias do momento. Já a curadoria humana oferece um olhar atento as particularidades. Os curadores do Museu Whitney, por exemplo, possuem a sensibilidade para detectar que algo é importante. Se as escolhas fossem baseadas apenas em “curtidas”, grandes artistas como Picasso provavelmente não teriam se tornado populares. No Flipboard, os algoritmos estão a serviço dos curadores. Os algoritmos são “preto” e “branco”. Não há um algoritmo para “erros” ou para “bonito”. Não há algoritmo para “bacana”. É preciso o olhar humano para revelar conteúdos geniais.
O impacto do design na curadoria:
O design desempenha um papel importante na curadoria. O design viabiliza a atenção, colocando um objeto em um espaço, celebrando esse objeto e criando o acaso. O Museu Whitney conta uma história através do design em justaposição e contraste, apresentando um novo ponto de vista à sua audiência. Da mesma forma, o Flipboard usa o design para criar um ambiente onde o conteúdo é destacado, podendo ser descoberto e apreciado. Nenhum artista quer ver o seu trabalho reduzido a um link de soundbite ou de texto.
O Museu Whitney respeita a arte, assim como o artista; e no Flipboard, acreditamos que grandes histórias impulsionam o mundo. Em última análise, ambos abordam a curadoria com a esperança de influenciar e fazer mudanças positivas acontecerem.
~Michele Calhoun está lendo Cannes Lions 2016
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