Bate-papo com Bia Valle: leitora e curadora Flipboard

Flipboard Brasil Blog / Fevereiro 3, 2015

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Bia Valle é leitora ávida do Flipboard. O que começou como uma simples ferramenta para ficar por dentro das notícias do dia e economizar tempo no trabalho, tornou-se uma paixão e um trabalho de curadoria que, atualmente, envolve mais de 20 revistas.

Bia Valle trabalha como intérprete, acompanhando executivos internacionais em viagens de negócios ao Brasil. Seu trabalho exige que ela esteja sempre atualizada com as notícias do mundo, além de saber o que acontece nos mercados em que seus clientes atuam. Em nosso bate-papo, Bia falou sobre como usa o Flipboard para fins profissionais e pessoais.

Leia a entrevista abaixo e não deixe de conferir as revistas criadas por Bia Valle no Flipboard.

Você criou mais de 20 revistas no Flipboard, sobre os mais variados assuntos. Como você utiliza o Flipboard em seu dia-a-dia?
O Flipboard é uma ótima ferramenta para economizar tempo e ficar por dentro das notícias do dia. Eu uso o Flipboard como minha principal fonte de notícias, para saber o que acontece no Brasil e no mundo.

Eu também utilizo o Flipboard para coletar conteúdos interessantes, que me ajudem a estabelecer uma conexão com os meus clientes. Eu já fazia clipping em revistas de papel e, agora, é possível fazer isto no digital, agregando todo o material que sai sobre o cliente e o mercado em que ele atua. Por exemplo, além do meu trabalho como intérprete, eu também presto consultoria de comunicação para algumas empresas. Um dos meus clientes é uma empresa do ramo de bebidas. Então, eu compilo no Flipboard todos os artigos e notícias sobre o mercado de cerveja, facilitando, assim, meu trabalho de pesquisa de mercado.

Algumas das revistas que eu criei, eu mantenho como particular, para meu acesso exclusivo. Mas a maioria das revistas que eu crio são abertas aos outros leitores do Flipboard.

O que você aprendeu com o seu trabalho de curadoria de revistas no Flipboard? Qual o segredo de um bom curador?
Para fazer um bom trabalho de curadoria é importante, primeiramente, ter uma linha editorial bem definida. Procurar fontes primárias de confiança e que apresentem boa qualidade. Eu busco, também, adicionar matérias atemporais em minhas revistas, e tenho muito cuidado para não ferir o leitor com opiniões fortes ou tendenciosas.

Outro ponto importante é manter a revista atualizada. Revista é que nem vitrine de loja, que você tem que estar sempre mexendo. Eu flipo com regularidade, para que as minhas revistas fiquem sempre atualizadas e interessantes. Fotos bonitas e em alta resolução também ajudam na qualidade geral da revista. Mas, principalmente, a revista tem que ter conteúdo de qualidade, relevante e de fontes confiáveis. Particularmente, eu não flipo nada que faça apologia ao corpo da mulher ou notícias que possam ser falsas.

Você trabalha como tradutora e intérprete e criou revistas Flipboard tanto em português quanto em inglês. Como é o trabalho de um intérprete?
Quando as pessoas pensam em intérprete, elas geralmente imaginam uma pessoa trancada em uma cabine, com um fone de ouvido na cabeça. Eu não sou esse tipo de intérprete. O trabalho que eu faço é de intérprete acompanhante. Ou seja, as empresas me contratam para acompanhar um executivo que está em viagem de negócios. Trabalho, portanto, com tradução oral e simultânea; seja durante uma coletiva de imprensa ou em uma reunião de negócios. Fico ao lado do executivo o tempo todo, administrando sua agenda de compromissos e traduzindo conforme necessário. É um trabalho bastante dinâmico, pois nunca sei o que vai acontecer.

Alguma vez você já se viu “Lost in Translation”? Alguma história curiosa para compartilhar?
Eu trabalhei como intérprete de um americano, que estava negociando a compra de equipamentos com um senhor árabe que morava no Brasil há 30 anos. Meu cliente americano havia solicitado uma nota fiscal com o valor certo da transação e, durante a negociação, ele ficou batendo nessa tecla e insistindo em ver a nota fiscal. Percebi, pelo tom de voz do senhor árabe, que ele estava ficando aborrecido e ofendido com a insistência do meu cliente e com o rumo da conversa.

O clima começou a ficar tenso e eu percebi que meu cliente iria perder a negociação. Então, falei para ele em inglês: “Muda de assunto agora que eu te explico depois.” Mas ele pareceu não entender o problema e continuou perguntando sobre a nota fiscal. Daí, o senhor árabe falou que achava que o meu cliente estava duvidando da sua integridade. Foi então que decidi responder prontamente: “Não, não estamos duvidando do senhor”. Foi a única vez que decidi interferir ao invés de apenas fazer o papel de intérprete, pois a conversa estava no limite e era preciso salvar a negociação. No final, o negócio foi fechado e eu expliquei o ocorrido ao meu cliente, que entendeu e aprovou a forma como eu agi.

Se tivesse que escolher uma de suas revistas Flipboard para promover o seu trabalho, qual seria e por quê?
Escolheria a minha revista de viagem, por representar bem quem eu sou e meus interesses pessoais. Adoro viagens, ver o mundo e conhecer culturas diferentes.

~CarolF é colaboradora em “Papo de Menina”

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