O mundo em alerta pelo zika vírus

Flipboard Brasil Blog / Fevereiro 5, 2016

Essa semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o vírus zika uma “emergência de saúde pública de importância internacional”, após confirmar que o zika está se alastrando “de forma explosiva” pelo continente Americano. Oficiais da OMS estimam que três a quatro milhões de pessoas na América do Sul e do Norte poderão contrair o vírus até o final do ano.

A maioria dos pacientes que contraem o vírus, normalmente transmitido através do mosquito Aedes aegypti, têm sintomas leves, como mal-estar durante uma semana. Mas médicos e especialistas acreditam que o vírus tenha implicações mais sérias para as mulheres grávidas, podendo levar a defeitos congênitos no bebê, incluindo microcefalia, uma condição neurológica que se caracteriza por anormalidades no crescimento do cérebro dentro da caixa craniana.

Embora o vírus tenha existido durante os últimos 25 anos na África e na Ásia, ele só chegou ao Hemisfério Ocidental em maio de 2015, quando o primeiro caso foi relatado no Brasil. A epidemia de zika no Brasil permitiu que fosse constatada a relação entre o vírus e a microcefalia. Desde então, o vírus se disseminou rapidamente para outros países latino-americanos, incluindo a Costa Rica, Guatemala e o México, e sua conexão com possíveis defeitos de nascimento despertou a atenção do mundo sobre o zika.

No Brasil, o zika esquentou o debate sobre o aborto e tornou-se um dos assuntos mais comentados nas mídias sociais. A epidemia também fez com que muitas pessoas pedissem o cancelamento dos Jogos Olímpicos do Rio, que acontecerá em agosto e trará um fluxo de turistas estimado em 500 mil pessoas.

Mais de 3.670 casos suspeitos de microcefalia estão sendo investigados no país e o governo brasileiro está implementando planos para reduzir o risco de propagação da doença. Nesta quarta-feira, Dilma fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, ressaltando a necessidade de união contra as doenças transmitidas pelo ao Aedes aegypti. A presidente também prometeu mobilizar as Forças Armadas e serviços de saúde no combate ao mosquito, e citou o contato feito com o presidente norte-americano Barack Obama para que os dois países possam desenvolver, “o mais depressa possível”, uma vacina contra o zika.

Por enquanto, não há nenhum tratamento oficial para o vírus zika, mas alguns países e organizações já iniciaram o trabalho de desenvolvimento de uma vacina.

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