Mariana e Paris: Tragédias que abalaram o Brasil e o mundo

Flipboard Brasil Blog / novembro 19, 2015

Aerial view after a dam burst in the village of Bento Rodrigues, in Mariana, Minas Gerais state, Brazil on November 6, 2015. A dam burst at a mining waste site unleashing a deluge of thick, red toxic mud that smothered a village killing at least 17 people and injuring some 75. The mining company Samarco, which operates the site, is jointly owned by two mining giants, Vale of Brazil and BHP Billiton of Australia. AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON (Photo credit should read CHRISTOPHE SIMON/AFP/Getty Images)

As últimas semanas foram marcadas por tragédias que abalaram o Brasil e o mundo. No dia 5 de novembro, a barragem do Fundão, da mineradora Samarco, empresa controlada pelo brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP, se rompeu na região de Bento Rodrigues, distrito de Mariana. O real impacto do rompimento da barragem ainda é desconhecido, e a enxurrada de lama tóxica já é considerada o pior desastre ambiental do Brasil. Para piorar, novas barragens correm risco de romper.

Em 13 de novembro, atiradores e homens-bomba atacaram restaurantes, uma casa de shows e um estádio em Paris, no que foi considerado o mais violento ataque da história francesa desde a Segunda Guerra Mundial. 129 pessoas foram mortas, 352 feridas e o presidente da França, François Hollande declarou estado de emergência nacional.

O comoção e solidariedade com as vítimas das tragédias tomou conta das redes sociais e milhares de pessoas usaram as hashtags “Pray for Paris” (“Reze por Paris”) e “Pray for Mariana” (Reze por Mariana). Em meio a comoção, muitos brasileiros se revoltaram com a cobertura da mídia e as reações de solidariedade dos internautas às vítimas na França, criticando a falta de notícias sobre o rompimento das barragens de Mariana e o excesso de informações sobre os ataques em Paris.

O Facebook liberou o uso do filtro com a bandeira da França para ser usado na foto do perfil, gerando polêmica sobre qual tragédia teria mais relevância. Muitas pessoas reagiram ao destaque que os ataques na França ganharam, ressaltando que outros atentados ao redor do mundo não costumam ganhar a mesma importância que os de Paris.

Para Fabio Goveia, professor de comunicação da UFES, o movimento nas redes foi uma forma das pessoas se manifestarem por algo que as afeta mais diretamente. Em relação à polêmica nas redes sociais, ele cita que essa “não é uma ação contra quem está em Paris, mas a expressão da dor do que está mais próximo.” Já a especialista em mídias digitais da USP Beth Saad diz que as duas histórias precisam ser contadas, mas não são comparáveis.

Nossa equipe de curadoria preparou duas revistas especiais para você entender as particularidades de cada uma das tragédias, acompanhar as últimas notícias sobre Mariana e Paris e ler as análises dos principais veículos de comunicação do Brasil e do mundo. Confira!

Desastre em Mariana

Terror em Paris

~CarolF está lendo“Raça e gênero”

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